domingo, 20 de outubro de 2013

O êxtase é o destino




E enquanto a chuva caía
Inundava-se-me o pensamento
Eram naus, caravelas
Marinheiros perfumados de canela

E tu, marujo do meu corpo
Iças a vela, meneias o leme
E vamos mar fora
O êxtase é o destino
E entre os gritos das gaivotas
O rumor do mar
As ondas  num choro ruidoso
São espuma, são nada
Sufocam sons doces, mélicos
Ciciados na escuridade

Elevo-me na ondulação do teu amor
Decaio e tombo contra o mar
Iças-me e eis de novo a luz...
Mas logo me desfaço em escuma
Num mar tumultuoso de sentires
E enrolada no teu corpo
Agarro-me ao mastro
E esmoronamos os dois.

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Gostei, nomeadamente do erotismo mais ou menos velado que imprimiste aos teus versos.
O resultado é excelente.
Um beijo, querida amiga Rita.