quarta-feira, 1 de junho de 2011

Desastre nacional iminente


O País precisa que lhe digam - para que finalmente oiça - que é muito difícil evitar a bancarrota do Estado, que a bancarrota do Estado português implica a bancarrota de uma grande parte das famílias portuguesas e das empresas e que votar Sócrates provocará a bancarrota do Estado em menos de dois anos. O registo financeiro dos dois governos Sócrates permite concluir que a vitória do PS terá essa consequência.

Portanto, de uma forma simples (e muito complicada para os portugueses...): vitória do PS de Sócrates nas eleições de 2011 = bancarrota do Estado = bancarrota das famílias e das empresas (o Blogger não me deixa substitui o símbolo de «igual» por «implica»).

A contingência da bancarrota não tem sido explicada aos portugueses, em nome de um presumido sentido de Estado - aquilo que, supostamente, têm de mostrar os candidatos para agradar ao eleitorado e que consiste, grosso modo, em não atacar o Governo... Mas quem sabe do perigo faria melhor informar e prevenir os portugueses para o desastre nacional de uma vitória do PS nas eleições de 5 de Junho de 2011.

Explico:
  1. Por baixo que ainda seja o serviço da dívida (juros e amortizações), tende a crescer aceleradamente;
  2. Não é possível sustentar juros de 11,85% (taxa de juro das obrigações do Estado português a três anos, na tarde de 30-5-2011) com taxas de crescimento do PIB negativas, ou de 1% como na última década.
  3. A dívida é muito maior do que o Governo socialista admite e crescerá exponencialmente com a incorporação das parcerias público-privadas das novas auto-estradas e TGV, que a esperança média de vida de um governo socialista previa que fossem os outros a pagar.
  4. Tal como a Grécia em apenas 12 meses, podemos ver-nos em cerca de ano e meio na contingência de termos já despendido o equivalente ao pacote financeiro da União Europeia/FMI para três anos.
  5. A Alemanha e a França já admitem a bancarrota do Estado grego - seja por dilatação dos prazos de pagamento dos empréstimos junto dos investidores privados, seja por redução dos montantes a pagar (o chamado haircut - «corte de cabelo») - e parecem pouco disponíveis para novo empréstimo. Da mesma forma, nessa circunstância, admitirão a bancarrota do Estado português.
  6. A bancarrota do Estado português - seja por moratória nos pagamentos, dilação dos pagamentos ou corte de cabelo mais ou menos à escovinha - implica a supressão de crédito privado do Estado, a um programa draconiano do FMI (ainda mais duro) e obriga o País a uma competitividade imediata dos seus produtos.
  7. Sem crédito e sem tempo, a competitividade do País só se alcançará com a desvalorização imediata da moeda, o que implica a saída do euro.
  8. A saída do euro e o retorno à moeda nacional implicará que o novo escudo se desvalorizará e depreciará em 50% do valor numa semana (como na Argentina, depois da dolarização).
  9. A flutuação e depreciação da moeda face ao euro provoca o aumento para o dobro das dívidas então em escudos das famílias e das empresas, para lá dos bancos.
  10. A recuperação num País em que a agricultura vale 2% do PIB, em que 3/4 dos solos têm uma aptidão exclusivamente florestal, que é deficitário em quase todos os produtos alimentares (salvo o vinho...), que tem um rácio de cobertura das importações pelas exportações de 65% (em 2010), será extremamente penosa e muito longa.

Não será melhor ao eleitor não votar PS e, assim, ter uma oportunidade de evitar a própria ruína financeira?!...


Veio daqui!

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